mulher na água vestida

A utilização de água para fins terapêuticos, isto é, no tratamento de doenças, também conhecida como hidroterapia, será talvez tão antiga como a própria história da humanidade.

A água, consoante a temperatura e estado em que se encontra (sólido, líquido ou gasoso), tem diferentes efeitos em diferentes zonas do corpo. Tal pode, em muitas situações, justificar a sua utilização no setor da saúde, sendo a crenoterapia um bom exemplo desta realidade.

A crenoterapia corresponde ao conjunto de atividades terapêuticas desenvolvidas dentro de um estabelecimento termal, e tem como principal agente terapêutico as águas minerais naturais. Consideram-se águas minerais naturais todas as águas que, por determinadas características físicas (como a temperatura) e/ou químicas (como a composição mineral), se distinguem das águas “normais” de uma dada região.

A crenoterapia é vista por muitos como uma resposta para as doenças musculoesqueléticas (isto é, dos músculos, ossos, ligamentos, tendões e articulações). E, efetivamente, pode ser muito útil nestes casos, já que a água:

  • Consoante a sua temperatura, pode contribuir para o relaxamento muscular;
  • Ajuda a suportar o peso do corpo;
  • Oferece resistência ao movimento, promovendo a força muscular.

No entanto, existem também evidências de que, em combinação com técnicas da medicina ocidental e mediante acompanhamento por um profissional de saúde, pode ter eficácia terapêutica ao nível de algumas:

  • Doenças cardiovasculares (isto é, do coração e dos vasos sanguíneos – artérias, veias e vasos capilares);
  • Doenças dermatológicas (como a psoríase);
  • Doenças pulmonares;
  • Doenças gastrintestinais.

A crenoterapia é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma técnica de Medicina Tradicional e Complementar (MTC). A MTC abrange esta e outras técnicas e produtos que podem ser utilizados na manutenção da saúde e na prevenção, diagnóstico e tratamento de algumas doenças da população.

A OMS tem vindo a estimular a utilização destas práticas, de forma integrada com técnicas da medicina ocidental, sem nunca excluir estas últimas. Assim, se tem ou considera que pode ter alguma das doenças acima referidas, a crenoterapia poderá ajudá-lo, mas não deve excluir nunca o diálogo com um profissional de saúde, como o seu médico ou farmacêutico.