O pé diabético é uma das mais frequentes complicações da diabetes quando não tratada. Fique a par dos sintomas!
É uma das mais frequentes complicações da diabetes (quando não tratada). Conheça os sinais e os cuidados a ter.
O pé diabético corresponde aos diversos problemas do pé que ocorrem como complicação da diabetes: a danos nos sistemas nervoso e cardiovascular e ulceração do pé (formação de uma ferida aberta no pé). Quando o pé não é cuidado e vigiado adequadamente, podem ocorrer infeções, que em situações graves podem levar à necessidade de amputação. Assim, nos diabéticos, até uma pequena ferida no pé pode ser sinal de alerta.
O excesso de glicose pode provocar danos nas terminações nervosas (neuropatia), o que leva à perda de sensibilidade nas extremidades (mãos, pernas e pés), caracterizada inicialmente por uma sensação de formigueiro e dor. Além disso, quem tem diabetes tem um risco acrescido de desenvolver doença vascular periférica (problemas de circulação sanguínea nas extremidades). Como consequência, a irrigação sanguínea das extremidades do corpo fica comprometida, podendo dificultar a cicatrização de feridas existentes nos pés e eventualmente conduzir ao aparecimento de úlceras, originando o pé diabético.
Torna-se por isso importante estar atento a certos sinais e sintomas e saber quais os principais cuidados a ter. Podem ocorrer manifestações do seguinte tipo: sensação de queimadura, formigueiro ou dor nos membros inferiores; diminuição ou mesmo perda de sensibilidade ao calor, frio ou toque; mudança na cor ou forma dos pés; aparecimento de bolhas, feridas, úlceras, calos infetados ou unhas encravadas; espessamento e alterações de cor nas unhas dos pés; pés inchados e com estrias vermelhas.
Assim, o doente diabético deve ter alguns cuidados diários com os seus pés:
Mesmo com estes cuidados, existem, por vezes, complicações que requerem tratamento. O tratamento não cirúrgico consiste na correta limpeza das feridas e colocação de dispositivos de imobilização. Se existir infeção, para além da limpeza da área infetada, deve recorrer-se ao uso de antibióticos de modo a combater a infeção e evitar problemas mais graves. O tratamento cirúrgico é utilizado no caso de infeções graves e o período de recuperação pode ser prolongado. A cicatrização de uma úlcera pode levar semanas ou até mesmo meses, dependendo da sua dimensão e localização, do estado da circulação vascular da zona afetada e da adesão à terapêutica por parte do doente.
Nos casos em que não existe neuropatia, doença vascular ou deformidade óssea, o exame médico anual é suficiente. Já nos casos em que o doente apresenta alguma dessas condições, de risco para o desenvolvimento do pé diabético, deve ser realizado um exame mensal ou de dois em dois meses. Este exame deve ser realizado por um médico ou enfermeiro. Em alguns casos, pode ser encaminhado para um podologista.
O farmacêutico é regularmente confrontado com doentes que têm problemas nos pés e que procuram o seu conselho. É um profissional de saúde devidamente habilitado para reconhecer os sinais e sintomas associados ao pé diabético e prestar um aconselhamento adequado nesta área, encaminhando o utente para o médico, enfermeiro ou podologista sempre que necessário.
Se ainda tem dúvidas, dirija-se à sua farmácia.