

A sífilis é uma infeção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. A transmissão ocorre através de contacto sexual desprotegido (sem uso de preservativo) ou durante a gravidez, da mãe para o bebé, o que pode causar complicações graves ao recém-nascido.
Conhecida ao longo da história por vários nomes, como “doença das mil caras” ou “mal napolitano”, a sífilis surgiu na Europa no final do século XV, numa altura em que pouco se sabia sobre esta infeção. Hoje, embora o seu tratamento tenha evoluído significativamente, continua a ser uma questão de saúde pública, afetando cerca de 10 milhões de pessoas por ano em todo o mundo.
A sífilis apresenta várias fases, que determinam a sua evolução e manifestações:
- Sífilis primária:
Surge, habitualmente, cerca de 3 semanas após o contacto com a bactéria. É marcada pelo aparecimento de uma pequena úlcera indolor (ferida) no local de entrada da bactéria, como os órgãos genitais, o ânus ou os lábios. Esta úlcera, que cicatriza espontaneamente, é altamente contagiosa.- Sífilis secundária:
Após a cicatrização da úlcera inicial (em cerca de 3 a 6 semanas), podem surgir erupções cutâneas que começam no tronco e se espalham por todo o corpo, incluindo as palmas das mãos e as solas dos pés. Também podem ocorrer febre, fadiga, dores musculares e gânglios linfáticos aumentados.- Sífilis latente e terciária:
Se não for tratada, a doença entra numa fase de latência, durante a qual não existem sintomas visíveis, mas a bactéria permanece ativa no organismo. Esta fase pode durar anos e, eventualmente, evoluir para a sífilis terciária, que pode causar complicações graves no cérebro, coração, vasos sanguíneos e outros órgãos.
Sim, a sífilis tem tratamento eficaz, especialmente nas fases iniciais. O tratamento baseia-se na administração de antibióticos específicos, prescritos pelo médico após uma avaliação clínica detalhada.
O uso correto do preservativo é o método mais eficaz para reduzir o risco de transmissão da sífilis e de outras infeções sexualmente transmissíveis. Além disso, é importante realizar rastreios regulares, especialmente se tiver múltiplos parceiros sexuais ou relações desprotegidas.
Se suspeitar que pode estar infetado ou se teve contacto com alguém diagnosticado com sífilis, consulte imediatamente o seu médico ou farmacêutico. A deteção precoce e o tratamento adequado são cruciais para evitar complicações.
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