
O tabagismo é uma das principais causas evitáveis de doença e morte nos países desenvolvidos. Está na origem de muitas mortes prematuras, que acontecerão antes da chamada meia-idade, ou seja, numa altura da vida em que ainda haveria muitos anos para viver.
Afinal, existe uma relação já bem estabelecida entre fumar e inúmeras doenças, nomeadamente:
- acidente vascular cerebral;
- doença coronária;
- aterosclerose;
- doença pulmonar obstrutiva crónica;
- tumores malignos dos pulmões e da cavidade oral.
O tabaco está ainda associado a infertilidade, aumento da taxa de aborto espontâneo, baixo peso à nascença e complicações na gravidez.
Deixar de fumar é abrir a porta a uma vida mais longa: o risco de cancro do pulmão diminui 90% quando o último cigarro é fumado antes dos 30, o risco de doença cardiovascular desce para metade ao fim de um ano…
E, no entanto, deixar de fumar é muitas vezes difícil! São muitas as pessoas que tentam, mas também são muitas as que acabam por cair em tentação, voltando a pegar nos cigarros. E porquê? Porque o tabaco causa dependência: a culpa é, antes de mais, da nicotina – o organismo sente-lhe a falta e desencadeia sinais desagradáveis, como a insónia, a irritabilidade, a ansiedade e até a a depressão, que são difíceis de suportar e que fazem ter vontade de desistir.
Há também a dependência social e comportamental, pois o tabaco acompanha os fumadores nas rotinas do dia a dia. E há ainda a questão do prazer: como abandonar um hábito que oferece prazer e ainda por cima imediato?
É uma missão difícil, mas possível! Exige força de vontade e determinação, assentes na convicção de que é a saúde que se está a proteger. É preciso querer e, como diz o ditado popular, querer é poder…
Nem sempre se consegue sozinho: para deixar de fumar, o fumador precisa de uma rede de apoio, a começar pela família, pelos amigos, pelos próprios colegas de trabalho. E nessa rede pode e deve contar com os profissionais de saúde, nomeadamente com os farmacêuticos. Está, aliás, comprovado que com uma intervenção profissional a cessação tabágica tem uma taxa de sucesso muito superior.
O farmacêutico, por exemplo, pode ajudar a traçar um plano para deixar de fumar, acompanhando o fumador nas diferentes etapas, motivando-o a apagar o cigarro pelas razões certas e a manter-se forte nos momentos em que é dominado pela vontade de fumar.
Neste percurso o fumador pode beneficiar de medicamentos e de produtos de saúde concebidos para o ajudar a ultrapassar esta dependência. Alguns precisam de receita médica, mas todos implicam aconselhamento farmacêutico para um uso correto e seguro. E tudo para levar a bom porto esta missão saudável.