Sexo Seguro, Verão Feliz

O verão chegou, as roupas estão mais ligeiras e atrevidas, os corpos mais expostos.
Os jovens estão ávidos de férias. Os que já têm emprego anseiam por uns dias de descanso. Os estudantes estão prestes a deixar para trás as responsabilidades escolares e passar a ter mais tempo livre. Muitas vezes os mais jovens vão para longe da residência habitual, para um ambiente social e cultural diferente. Voltam a encontrar amigos que já não viam desde o verão anterior e surgem novos conhecimentos.
É a época por excelência da socialização. Há festas, encontros e eventos ao ar livre. A conversa, a dança, o álcool, os corpos que se tocam são oportunidades para sentir a sensualidade dos outros, explorar a própria capacidade sedutora, estabelecer relacionamentos sentimentais e sexuais. O acesso generalizado à Internet e às redes sociais facilita os contactos e permite dizer à distância coisas difíceis de dizer presencialmente. O envio e receção de certas fotografias e vídeos favorecem a provocação e estimulam o desejo.
Os relacionamentos de verão são casuais e fugazes. Quase sempre limitam-se a flirts, beijos e toques, mas podem chegar a relações sexuais penetrativas.
Avançar para esses comportamentos sexuais de maneira pouco ou nada protegida pode ter consequências sérias, para além de uma gravidez inesperada, para a saúde sexual e reprodutiva, particularmente infeções sexualmente transmissíveis (IST), como:
- Candidíase;
- Herpes genital;
- Clamídia;
- Micoplasma;
- Blenorragia;
- Tricomoníase;
- Hepatite B;
- Sífilis;
- Cancróide;
- VIH;
Quais os comportamentos e práticas sexuais que devem adotar?
- Sexo protegido: seja vaginal, anal e oral, por uso de método de barreira- preservativo masculino ou feminino, que permite evitar IST e prevenir uma gravidez indesejada.
Note-se que, para este último objetivo, é sempre preferível o uso consistente e correto de pílulas contracetivas, ou outro método contracetivo. O recurso à pílula do dia seguinte não é solução, é apenas uma opção de emergência. - Comunicação aberta e honesta entre parceiros: é difícil de pôr em prática num relacionamento casual e fugaz, típico dos ‘engates’ de verão, mas não deverá ser evitado ou esquecido.
Não é apenas falar do uso de preservativos, é partilhar informações sobre os próprios históricos sexuais, importantes para diminuir o risco de uma IST e garantir uma experiência saudável. Por outro lado, uma conversa franca pode garantir respeito e consentimento: respeito pelos limites do parceiro ou parceira, consentimento antes de prosseguir com a atividade sexual. - Testes a IST: para quem já teve relacionamentos anteriores e recentes, pode garantir que se esteja livre de infeções e evitar a sua disseminação.
E quais os comportamentos que deve evitar?
- Consumo de bebidas alcoólicas antes ou durante o sexo: Se é certo que beber moderadamente pode desinibir a timidez e estimular os sentidos, o álcool em excesso afeta o comportamento, o discernimento e a tomada de decisões. O que pode revelar-se perigoso.
- Consumo de drogas antes ou durante uma atividade sexual: É potencialmente arriscado. A própria canábis, muito usada, socialmente aceite, descriminalizada mas ilegal, desinibe, cria uma sensação de bem-estar e aumenta o desejo sexual. Mas, tal como o álcool, em exagero o seu efeito psicotrópico afeta o comportamento e o discernimento, com a agravante de poder criar habituação e levar à busca de drogas com maior dependência.
Em suma, praticar sexo seguro é essencial para a saúde sexual da pessoa.
Isso envolve o uso de métodos contracetivos como preservativos, juntamente com exames regulares de doenças sexualmente transmissíveis, moderação de álcool e canábis, evitação de drogas pesadas, comunicação aberta e honesta entre os parceiros sexuais.
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