mulher com paciente no exterior

Cansaço, dificuldades de concentração, alterações repentinas de humor, solidão e angústia podem ser algumas das sensações descritas por quem, no seu contexto pessoal, cuida de terceiros. São os chamados Cuidadores Informais (CI): pessoas que, fora do âmbito profissional, cuidam de outras, em caso de fragilidade, dependência ou doença prolongada (crónica).

Atualmente, estima-se que cerca de 80% dos cuidados em toda a União Europeia (EU) sejam prestados por CI. Cuidar de alguém é um ato nobre e pode ser bastante recompensador. No entanto, em algumas situações, e se não se tiverem certos cuidados, também pode ser muito desgastante, tanto a nível físico, como emocional. Afinal, os CI, entre outras funções, ajudam a pessoa de quem cuidam ao nível da:

  • Alimentação;
  • Higiene pessoal;
  • Locomoção/posicionamento;
  • Administração de medicamentos;
  • Manutenção de um ambiente limpo e confortável;
  • Ligação e interação com os profissionais e/ou serviços de saúde.

Perante todas estas funções, constata-se que os CI podem experienciar, por exemplo, uma diminuição significativa no seu tempo de lazer, podendo apresentar uma maior tendência para desenvolver alguns problemas de saúde. Assim, se é um CI e sente ou já sentiu algumas das manifestações inicialmente descritas, considere as seguintes sugestões:

  • Peça/ aceite ajuda: quando lhe perguntarem o que pode ser feito para ajudar, tenha uma lista pronta. Cozinhar, limpar a casa ou ir às compras são bons exemplos de tarefas que, tendo essa possibilidade, pode delegar;
  • Reserve tempo para si: pratique uma alimentação equilibrada, invista em atividades que o ajudem a distrair-se e a relaxar e, acima de tudo, saiba quando deve parar e descansar. Não se esqueça da sua saúde – Sempre que necessário, fale com o seu médico ou farmacêutico;
  • Procure um grupo de apoio: os grupos de apoio podem ajudá-lo a gerir melhor o seu tempo e energia, oferecendo ainda apoio, companhia e compreensão.
  • Mantenha uma atitude positiva: foque-se nos aspetos positivos de estar a ajudar outra pessoa. Reconheça o mérito dos seus gestos.

Não é um CI, mas gostava de ajudar um e não sabe como? Siga estes passos:

  • Especifique: substitua a questão “em que posso ajudar?” por perguntas concretas, como “o que posso trazer do supermercado?”;
  • Apareça: uma visita, telefonema ou e-mail, por vezes, são o suficiente para melhorar o dia de um CI;
  • Persista: de um modo gentil, lembre o cuidador que não está sozinho e que pode contar consigo.